Por Daniel Torres Araripe*
O fenômeno político no sertão chamado João Marcos Siqueira (PSD), nessa eleição vem para provar que a política é dinâmica. Seu caso é algo só comparado na política pernambucana ao efeito João Campos (PSB) prefeito do Recife. Ambos têm o mesmo perfil histórico, o mesmo recall, representam grupos políticos hegemônicos com vários anos no poder. Representam clãs familiares. A família Arraes, no Estado, e a família Siqueira, em Ipubi no sertão do Araripe. No meio político se comentava que, com a morte trágica do neto, a família Arraes tinha fechado um ciclo na política do Estado. E ai surge o fenômeno João Campos, bisneto de Miguel Arraes, filho do ex-governador Eduardo Campos e prova que em política tudo se renova. Quando um capítulo parece encerrado, muitas vezes surgem novos caminhos, novas alternativas se criam. Vinculadas ao passado pelas raízes, mas trazendo o sopro do novo, atualizando a esperança para os novos tempos que vivemos.
O caso sertanejo
Em Ipubi não é diferente, pelos longos anos no poder de uma mesma família, Siqueira. Apesar de muitas coisas terem sido feitas, existe o desgaste natural do poder. João Marcos surge com um outro perfil, jovem, dinâmico, popular, acessível e com bagagem por já ter exercido um mandato de prefeito. Um fenômeno que se desenha, a ser confirmado nas urnas em outubro.
Comparativo
Os dois, ele e João Campos, são a prova cabal que na política se cria e se recria, tudo se renova, novos tempos se constroem. Os dois não são semelhantes apenas fisicamente na jovialidade, mas nas suas atitudes, no novo jeito de fazer política. Pessoas leves, sem guardar rancor, deixando a velha política de lado. Essa reflexão, essa análise não é só minha. Provêm de opiniões de vários políticos da região.
João Marcos é o João Campos do Sertão. Ambos com futuro promissor na política pernambucana.
*Daniel Torres Araripe é analista político, ex-vereador, empreendedor social, presidente da ADESA – Agência de Desenvolvimento Econômico e Social do Araripe.